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Wednesday, 11 April 2012

O Centro Integrado de Formação Tecnológica (CINFOTEC) "esqueceu-se" de proteger as próprias instalações de um grande incêndio...

Como pode o grupo de geradores do Centro Integrado de Formação Tecnológica (CINFOTEC), em Luanda ter sido destruído? Ver a noticia publicada pela Angop no seguinte link: http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/sociedade/2012/3/15/Incendio-destroi-grupo-gerador,0aae8813-6cca-4287-8158-7985754ced9e.html


A nossa análise do acidente:
A causa primária foi a negligência ou falta de obediência as normas de instalações eléctricas.
Os geradores foram instalados num lugar com uma ventilação deficiente o que permitiu o aumento da temperatura e consequente degradação do isolamento dos cabos e componentes internos. A degradação dos componentes eléctricos causou um incêndio derivado de um curto-circuito ou uma falha de arco.  Ver o artigo no link abaixo para melhor compreensão desses dois tipos de falhas eléctricas: http://www.angolapowerservices.blogspot.com/2011/11/qual-e-diferenca-entre-uma-falha-de.html
 A proximidade dos geradores permitiu com que o incêndio propagasse, destruindo assim os três geradores. Portando, fica provado também que a instalação não foi concebida com um sistema de protecção eléctrica adequada, contra falhas e incêndios eléctricos.
Essa questão remete-nos outra vez a pergunta clássica desse blog abordada no artigo “A salada russa no sector eléctrico Angolano” - http://www.angolapowerservices.blogspot.com/2012/03/salada-russa-do-sector-electrico.html

Thursday, 5 April 2012

Qual o regulamento de instalações eléctricas em vigor em Angola?


Respondendo a mais uma questão, que teima em resurgir nesse blogue por falta de resposta das autoridades competentes:

Qual o regulamento de instalações eléctricas em vigor em Angola?

Se teve o cuidado de ler o artigo a salada russa no sector eléctrico Angolano nesse blogue (http://angolapowerservices.blogspot.com/2012/03/salada-russa-do-sector-electrico.html), deve ter notado que eu termino o mesmo da seguinte forma: ʺContudo, a grande questão prevalece: Quais as normas existentes e onde podem ser adquiridas ou consultadas? (Ver o referido decreto em

Por isso, a melhor resposta possível a essa questão seria: O regulamento a ser usado em Angola é o adoptado por Portugal, já que Angola herdou a regulamentação portuguesa desde 1975. Portanto, não existe um exemplar ou manual, que eu saiba, publicado pelo governo Angolano exclusivamente para regulamento de instalações eléctricas.

As normas adoptadas por Portugal e as publicadas pelo IEC (sigla em Inglês) - Comissão Electrotécnica Internacional(CEI) são com certeza as mais aconselháveis.

 A salada russa continua…

Friday, 9 March 2012

A salada russa no sector eléctrico Angolano

Em 2010 publiquei neste blog um artigo sobre o código de cores para condutores usados em instalações eléctricas, em resposta a uma solicitação feita por um visitante (ver artigo em: http://www.angolapowerservices.blogspot.com/2010/10/que-cores-sao-usadas-em-angola-para.html ).

Durante essa abordagem nem sequer questionei-me se de facto as novas centralidades e condomínios obedeciam a um padrão ou norma industrial. Atendendo a existência de instituições e entidades do sector eléctrico em Angola, como o ministério da energia e águas e o instituto regulador do sector eléctrico (IRSE), assumi que de facto tal era o caso. Infelizmente, a foto em anexo representa uma realidade vivida em Angola, onde nenhuma norma é respeitada.

O desrespeito a essas normas resultou na destruição parcial da instalação eléctrica de uma casa num condomínio edificado por uma empresa Brasileira. Não quero com isso generalizar o sucedido e muito menos denegrir o bom trabalho que se tem feito no sector. No entanto, fica no ar a grande questão: Quem regula o sector eléctrico em Angola? Que normas e padrões a seguir? “Quem fiscaliza as empresas de fiscalização que não fiscalizam"?

Não podemos continuar a assistir e aceitar que qualquer empresa instala-se em Angola, usando padrões e normas industriais adoptadas pelos Brasileiros, Chineses, Sul-Africanos, Americanos, Ingleses, Russos, etc, criando uma salada russa num sector que já deixa muito a desejar. O pior são aqueles que notando a "inexistência" de uma entidade reguladora, decidem inventar os seus próprios “padrões industriais” pondo em risco a vida dos outros profissionais ou criando situações susceptíveis de causar incidentes e danos materiais as instalações eléctricas. Frequentemente ouve-se dizer que uma empresa ou armazém foi destruído por um incêndio provocado por um curto-circuito.


Contudo, ninguém questiona o que terá provocado tal curto-circuito? Esses incêndios têm provocado grandes danos materiais e as vezes humanos. Penso que já é tempo de se criar a carteira do electricista e começar a se responsabilizar as empresas e indivíduos pelos danos causados a sociedade.

 A foto publicada em anexo, demonstra a inexistência ou falta de preocupação por parte das empresas construtoras em seguir as normas estabelecidas pelo governo Angolano. É inaceitável, que uma instalação monofásica sem protecção à terra ou aterramento seja feita com condutores de cor preta, azul, castanha, verde e amarelo. O mínimo para esse caso seria a utilização de condutores de cor castanho para a fase e azul para o neutro, visto que nem sequer protecção a terra foi considerada. Para ligações a terra usa-se sempre condutor de cor verde e amarelo (Assumindo a norma IEC 60446 adoptada pela união europeia). Precisamos urgentemente de estabelecer uma norma reguladora do sector eléctrico antes que seja tarde. Angola importa quase tudo de que necessita para o sector eléctrico; desde cabos, tomadas, disjuntores, motores, geradores, turbinas, etc...

Contudo, urge a necessidade de se regulamentar essas importações, incluindo aquelas feitas por instituições públicas. Não podemos continuar a assistir e aceitar que equipamentos inadequados ao nosso sistema eléctrico continuem a entrar no Pais sem o mínimo de fiscalização. Normalmente, vendem-se em Angola aparelhos de ar condicionado com instruções em chinês e muito dos quais são instalados em hotéis sem o mínimo cuidado em providenciarem-se comandos que não sejam com instruções em chinês. Isso visto assim parece uma coisa insignificante. Contudo, existem também equipamentos hospitalares instalados de igual forma. Vendem-se equipamentos meramente concebidos para o mercado Sul-Africano, forçando os compradores a efectuarem modificações para conectarem os mesmos a rede doméstica Angolana. Essas modificações tem resultado em incidentes que poderiam ser evitados se a entrada de tais equipamentos fosse banida. Geradores concebidos para outros mercados, cuja frequência nominal é de 60Hz, também são vendidos em Angola; Extensões eléctricas concebidas para os mercados americanos e ingleses também facilmente se encontram a venda. Hoje em dia, facilmente vê-se o famoso chuveiro eléctrico brasileiro a venda. Quem autorizou a comercialização desse produto no mercado Angolano? Quem fiscaliza ou regulamenta os procedimentos para a sua instalação? Enfim, n+1 perguntas poderiam ser feitas a esse respeito.

Se olharmos para o sector industrial Angolano, incluindo o mundo do petróleo e gás, veremos então a maior disparidade. Aqui os Franceses, Ingleses e Americanos utilizam normas e padrões completamente diferentes. As normas adoptadas por Angola as vezes nem são tidas nem achadas. contudo, essa atitude não ajuda o mercado angolano a desenvolver-se,visto que uma boa parte dos equipamentos são directamente importados pelas multinacionais devido a inexistencia de fornecedores no mercado angolano.

O Ministério da energia no seu decreto executivo 135/09 de 30 de Novembro, Artigo 6º, define a secção de electrificação rural e local como sendo a entidade vocacionada para a regulamentação e normalização da electrificação no território nacional. Contudo, a grande questão prevalece: Quais as normas existentes e onde podem ser adquiridas ou consultadas? (Ver o referido decreto em http://www.minea.gov.ao/VerLegislacao.aspx?id=428 ).

 Penso que ainda vamos a tempo de digerir essa salada russa e confeccionar um bom funge para o bem dos Angolanos.

Monday, 23 January 2012

Preciso usar um disjuntor de 80 amperes (80A) para o quadro principal em minha casa. Que tipo de disjuntor deve ser utilizado; tipo A, B, C ou D?


Os disjuntores são compostos por mecanismo termomagnéticos que determinam as características das curvas de disparo ou accionamento. Essas curvas são desenhadas pelos fabricantes para as mais variadas aplicações. Portanto, é aconselhável consultar sempre as especificações fornecidas pelo fabricante.

Existem vários tipos de curvas e as mais usadas são as do tipo B, C e D. Não existe curva do tipo A para evitar com que as pessoas confundissem o símbolo da corrente eléctrica ou amperes (A) com o tipo de curva. Contudo, poderá também encontrar disjuntores com curvas do tipo K, Z e MA.

O disjuntor com curva do tipo B está concebido para operar entre 3-5 vezes a sua corrente nominal (In). Por exemplo: Um disjuntor de 80A, tipo B é accionado por uma corrente de falha entre 240 – 400A.

O disjuntor com curva do tipo C está concebido para operar entre 5-10 vezes a sua corrente nominal (In). Por exemplo, um disjuntor de 80A, tipo C é accionado por uma corrente de falha entre 400 – 800A.

O disjuntor com curva do tipo D está concebido para operar entre 10-20 vezes a sua corrente nominal (In). Por exemplo, um disjuntor de 80A, tipo D é accionado por uma corrente de falha entre 800 – 1600A.

Alguns disjuntores são concebidos com um sistema selectivo de corrente, permitindo o ajuste da corrente de accionamento dentro do limite estabelecido. Poderá também encontrar disjuntores concebidos para operar fora do limite acima mencionado, como por exemplo de 2.5 – 5 vezes a sua corrente nominal (In).

Os disjuntores do tipo B são usados para protecção contra curto-circuitos de baixa intensidade, em sistemas de baixa tensão como instalações domiciliares, aquecedores, chuveiros, fogões eléctricos, tomadas de uso geral, aparelhos domésticos, ou seja cargas resistivas.

Os do tipo C são usados para protecção contra curto-circuitos em aplicações onde falhas com intensidade média são esperadas; como em motores, circuitos de iluminação geral, transformadores pequenos, sistemas de controlo e bobinas ou seja cargas indutivas.

Os do tipo D são usados para protecção contra curto-circuitos em aplicações onde falhas com intensidade altas são esperadas; usados em transformadores, motores, computadores ou seja cargas muito indutivas.

Facilmente nota-se que para uma mesma corrente de curto-circuito ou sobrecarga, o disjuntor com curva do tipo B vai ser accionado primeiro em relação ao tipo C e D respectivamente.

Portando, deverá utilizar um disjuntor com curva do tipo B que é o concebido para o uso doméstico.

Tuesday, 8 November 2011

Qual é a diferença entre uma falha de arco e um curto-circuito?


Em geral, a ionização é insuficiente para sustentar a condução pelo ar ou seja para ocorrer um arco eléctrico. Para que um arco aconteça é necessário existir uma diferença de potêncial entre os condutores ou entre condutores e a massa. As falhas com arco estão geralmente limitadas a sistemas com voltagem acima dos 120 Volts.

Uma série de arcos ocorrem em condutores elétricos quando existe um pequeno buraco ou quebra no isolamento que permite com que a corrente possa fluir para terra ou entre a fase e o neutro (podendo causar um curto-circuito). Falhas de arco, especialmente falhas de arco paralelas, causam aquecimento dos condutores e incêndios, mesmo quando não existe a possibilidade de choque eléctrico.

Um falha de arco ocorre quando as conexões soltas ou corroídas fazem contacto intermitente e provocam faíscas ou arcos entre as conexões ou ligações. Isso se traduz em calor, que destroi o isolamento do fio ou condutor e pode causar um incêndio eléctrico. Normalmente, ocorre em instalações mal feitas, velhas ou soltas devido a interferência humana , animal ou factores ambientais como ventos, humidade, radiação solar, etc. O arco pode não ser capaz de desligar o disjuntor de um circuito, o que produz altas temperaturas e eventualmente pode provocar um incêndio.

Por outro lado, um curto-circuito ocorre quando um conductor de uma das fases entra em contacto com o condutor de terra ou neutro. Um curto-circuito pode provocar uma falha com arco, principalmente quando o contacto entre os condutores não resulta em uma falha sólida ou a diferença de potencial é elevada.

Em sistemas de alta tensão, nem sempre os condutores precisam entrar em contacto para que um arco elétrico seja criado. A simples tentativa de aproximação de sistemas com uma diferença de potêncial considerável, faz com que um arco seja criado resultando em um fluxo ou descarga elétrica. Essa descarga eléctrica atingue temperaturas elevadas podendo causar danos materiais e humanos.

A fim de proteger a sua casa contra incêndios, um interruptor de circuito contra falhas de arco – AFCI (AFCI sigla em inglês – Arc fault circuit interrupter) pode ser usado para detectar este problema.

O que é um AFCI? É um disjuntor concebido para interromper o circuito em caso de falhas de arco eléctrico.

Como funciona um AFCI? Um disjuntor convencional responde somente a falhas por sobrecargas ou curto-circuito. Portanto, não protege contra condições que produzem um fluxo aleatório da corrente. Um AFCI é selectivo de tal forma que um arco normal não é capaz de o acionar.

Um circuito sensível interno é usado para monitorar continuamente o fluxo de corrente. Uma vez detectada um fluxo anormal da condição do arco, o circuito interno aciona e dispara o disjuntor desligando desta forma o circuito e, reduzindo de igual modo a probabilidade de ocorrência de um incêndio.

Um AFCI não pode ser acionado durante condições de arcos normais, que podem ocontecer quando desligamos um interruptor ou puxando uma ficha da tomoda.

Actualmente os AFCI são concebidos como um disjuntor convencional combinando sistemas de protecção tradicional de sobrecarga e curto-circuito.

Alguns desenhadores, combinam protecção GFCI/RCD e AFCI. GFCI – sigla em inglês para Ground Fault Circuit Interrupter (Interruptor de circuito contra corrente de fugas para terra)

Um disjuntor do tipo AFCI tem um duplo propósito: Protecção contra falhas de arco evitando incêndios e protecção tradicional de sobrecarga e curto-circuito.

Não se pode confundir um AFCI com um GFCI. GFCI é concebido para a protecção pessoal contra choques eléctricos, enquanto que um AFCI protege contra incêndios causados por falhas de arco.

Um GFCI também pode proteger contra incêndios eléctricos detectando arcos ou outras falhas à terra, mas não podem detectar falhas de arco entre fases que podem causar incêndios eléctricos.

Portanto, contacte sempre um eletricista especializado e assegure-se que de facto o dispositivo de protecção instalado satisfaz as suas necessidades.

Concluindo: As falhas de arco podem gerar um curto-circuito quando acontecem entre as fases ou entre as fases e o neutro. Um curto-circuito pode geral falhas com arco, principalmente em circuitos onde a diferença de potencial é enorme ou quando o curto-circuito não resulta em uma falha sólida.

Emméry Macedo

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Luanda, Viana, Angola
Consultoria e Prestação Serviços powered by Emméry Macedo - Engenheiro Eletrotécnico, BTECH, BEST CUM LAUDE, pela Durban University of Technology (DUT), Galardoado pelo Institute of Professional Engineering Technologists (IPET), Pos-Graduado em Gestão de Projectos pela Universidade de Liverpool; Bacharel em Ciências Matemáticas pela Faculdade de Ciências da Universidade Agostinho Neto de Angola, Professor de Matemática e Física pelo IMNE- Garcia Neto, Professor de Electrόnica de Potência da Universidade Metodista, membro do IET - Institution of Engineering and Technology MIET nº 91651226, membro da Ordem dos Engenheiros de Angola OEA nº 2924, com certificação em ETAP, SKM, HV Switching, SAEP, etc...

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