A fábrica de cimento do grupo China
International Fund (CIF), em Luanda, vai fornecer 50 megawatts de energia
eléctrica à rede pública, ao abrigo do despacho presidencial n.º 94/15,
publicado no Diário da República, I Série, n.º 151, de 3 de Novembro.
O
despacho, que autoriza a compra de energia, adianta que o contrato é válido por
dez anos, mas não revela os valores envolvidos no negócio, sob direcção da
empresa estatal Rede Nacional de Transporte (ENDE). “Tendo
em conta que os estudos realizados para avaliar a relação de oferta e procura
de energia eléctrica para a região de Luanda indicam a existência de um défice
na ordem dos 400 megawatts, este contrato está em vigor até à entrada em
operação dos projectos estruturantes de produção em curso”, pode ler-se no
despacho assinado com a CIF.
O Governo de Angola tem em curso vários projectos
que vão aumentar a produção nacional de energia eléctrica, nomeadamente obras
em duas barragens a cargo da construtora brasileira Odebrecht.
É
o caso do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, no município de Cambambe
(Cuanza Norte), no valor de 4,3 mil milhões de dólares, financiado com uma
linha de crédito do Brasil e que, a partir de 2017, vai produzir 2070
megawatts. Outra obra envolve o reforço da potência do Aproveitamento
Hidroeléctrico de Cambambe, no mesmo município, que vai passar dos actuais 180
megawatts, desde a inauguração em 1963, para 700 megawatts, e que entra em
funcionamento, por fases, durante o segundo semestre de 2016.
A
futura central de ciclo combinado do Soyo, cuja construção está a cargo do
grupo China Machinery Engineering Corporation (CMEC), e que custa ao Estado
angolano mais de 900 milhões de dólares, vai garantir electricidade a Luanda e
ao Norte de Angola a partir de 2017.
Fonte: Jornal de Angola
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