A revista EXAME na sua edição nº 36, faz uma abordagem dos vários projectos e barragens hidroeléctrica de Angola e do seu futuro num artigo assinado por Jaime Fidalgo.
O referido artigo aborda a problemática da barragem de Capanda, Cambambe e outros projectos da bacia do Cunene e da região leste de Angola: “Somando todos estes projectos (e a lista da EXAME, sublinhe-se, não é exaustiva), Angola poderá tirar um aproveitamento de 7000 Megawatts (MW) dos seus recursos hídricos. Se somarmos os 2000 MW provenientes das centrais térmicas, os 750 MW da central de ciclo combinado do Soyo e os 100 MW do parque eólico do Tombwa (isto para referir apenas os projectos já anunciados) estaremos a falar de uma capacidade que rondará os 1000 MW. Ou seja, Angola entrará no clube restrito dos “gigas”. Para mais informações consultar o artigo seguinte: As barragens do futuro
A abordagem feita acima dá-nos a sensação de que teremos concluído todos os projectos programados para o sector eléctrico em 2018, ano em que se prevê igualmente a conclusão das obras de construção da barragem de Caculo-Cabaça, com a capacidade de prevista de 2000 MW. Segundo a EXAME, Angola terá finalmente atingido a cifra acima dos 7000 MW em 2018.
Em Agosto de 2012, publicamos nesse blogue o artigo ENERGIA PARA TODOS EM 5 ANOS - UMA FALSA PROMESSA ELEITORAL, onde concluíamos que a promessa eleitoral de energia para todos em 5 anos, feita por todos os partidos políticos angolanos, é simplesmente falsa. Portanto, apesar de não termos tido todos os dados específicos sobre os projectos de Caculo-Cabaça e Soyo, não acreditamos que a meta de produzir-se 5000 MW seja alcançada em 2016, tendo em conta a realidade do sector eléctrico e a experiência de Angola com os projectos de Capanda, Cambambe, Angola LNG e a Refinaria do Lobito.
Contudo, como os projectos de engenharia não são projectos linearmente matemáticos, vários factores acabam sempre por afectar a sua execução, condicionando assim a conclusão das diferentes fases nos tempos programados. Esses factores incluem problemas de ordem ambiental e estrutural, de fabrico dos equipamentos e materiais, comissionamento e testes de equipamentos, transporte, finanças, recursos humanos, grandes acidentes ou incidentes, etc.
Penso que devemos por enquanto aguardar a materialização desses projectos ao longo dos anos, para depois nos debruçarmos com mais propriedade em 2016 e 2018.
Oxalá haja energia (dinheiro e recursos humanos) para tanta potência.
Compilado por:
Emméry Macedo
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