Nos primeiros tempos, os papagaios de papel foram utilizados, na China, como dispositivos de sinalização militar. Mais recentemente eles funcionam como aparelhos de medição atmosférica e, claro, para diversão de adultos e miúdos.
No futuro, de acordo com a empresa NTS e o Instituto de Engenharia e Automação de Estugarda, na Alemanha, eles poderão gerar energia, sendo um concorrente de peso para as tradicionais turbinas eólicas.
Segundo o Click Green, o movimento destes papagaios pode alimentar um gerador, que converteria energia cinética em electricidade e aproveitando assim os ventos fortes a altitudes de até 500 metros.
Os primeiros resultados foram encorajadores: uma simulação mostra que oito papagaios, com uma superfície combinada de até 300 metros quadrados, podem igualar 20 turbinas eólicas tradicionais de 1 GW. Ou seja, 24 papagaios poderiam gerar energia para 30 mil casas.
“Os papagaios voam a uma altitude entre 300 e 500 metros, perfeitamente posicionados para serem atingidos por ventos fortes. Os cabos, com cerca de 700 metros de extensão, ligam-nos a veículos, que rodam num circuito de trilho. Finalmente, um gerador converte a energia cinética dos veículos em electricidade”, explica Joachim Montnacher, engenheiro do instituto.
A tecnologia de controlo e medição fica no veículo. Segundo os autores da ideia, os papagaios têm várias vantagens em relação às turbinas tradicionais: numa altura de 100 metros, os ventos sopram a 15 metros por segundo; e excendem os 20 metros por segundo a 500 metros. Assim, os papagaios não teriam de se preocupar com a inconstância dos ventos.
Segundo dados do instituto alemão, relativos a 2011, a uma altura de 10 metros há apenas 35% de chances de velocidades do vento chegarem a cinco metros por segundo, mas a 500 metros a probabilidade chega a 70%.
Isto faz com que até nas terras baixas haja locais adequados para produzir energia eólica via os papagaios.
Fonte: Green Savers
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