O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, anunciou que o governo angolano está apostado em quadruplicar a capacidade de geração de energia até 2025, maioritariamente através de fontes renováveis.
O governante angolano fez este anúncio depois de um encontro com o ministro norueguês dos Petróleos e Energia, Tord Lien, em Oslo, durante uma visita que efectuou recentemente à Noruega.
O nosso grande objectivo e atingir 9 mil MW até 2025. Isso significa multiplicar por quatro a capacidade actual e o grande recurso será a produção hídrica, disse.
O responsável adiantou ainda que o potencial do país, inventariado ainda no tempo colonial, aponta para 18 mil MW, considerando que é possível ampliar aquele valor com o recurso a novas tecnologias.
Desenvolveremos, em particular, a capacidade energética do Médio Kwanza, com um potencial de cerca de 7 mil MW. Neste momento estamos a construir o aproveitamento hidroeléctrico de Laúca, o qual, uma vez concluído, acrescentará 2,6 mil MW ao sistema eléctrico nacional, afirmou.
João Baptista Borges enunciou ainda outras acções em curso na área da produção de energia, designadamente a reabilitação e modernização da 1ª Central de Cambambe, o alteamento da barragem de Cambambe e a construção da 2ª Central de Cambambe. Depois de concluídos os trabalhos, este projecto terá uma capacidade instalada capaz de produzir 960 MW.
Disse ainda que, durante o actual quinquénio - 2013/2017 - o governo iniciará a construção do empreendimento Caculo Cabaça, com uma capacidade de geração de 2, 1 mil MW. Já no Soyo será construída uma central de ciclo combinado, com capacidade de produção de 750 MW, para atender o Norte do país e, particularmente Luanda. Estas centrais, hidroeléctricas e térmicas, vão gerar cerca de 5 mil MW.
A Noruega tem prestado assistência técnica no domínio da revisão da Lei Geral de Electricidade, a qual deverá ser ainda este ano submetida à aprovação pelo governo.
A delegação angolana seguiu depois para a Suécia, tendo visitado a empresa ABB, uma das líderes mundiais na produção de sistemas de automação (subestações e transformadores eléctricos).
No âmbito da visita, o Director Geral do Instituto Nacional de Recursos Hídricos esteve no Instituto Internacional Sueco de Recursos Hídricos (SIWI), onde procedeu a uma apresentação sobre o potencial dos recursos hídricos de Angola, da Lei das Águas e sua Regulamentação, recentemente aprovada pelo Executivo angolano.
Fonte: Novo Jornal, 2014. Disponível em http://novojornal.co.ao/Artigo/Default/46722 (Consultado aos 21 de Maio de 2014)
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