Tuesday, 6 December 2016

Albufeira da barragem de Laúca começa a receber água em Fevereiro de 2017

A albufeira do aproveitamento hidroeléctrico de Laúca começa a receber água a partir de Fevereiro de 2017, processo que vai demorar 120 dias até atingir a altura mínima para permitir o início da produção de energia eléctrica, afirmou o director do projecto.

Elias Estevão disse ao Jornal de Angola que decorre actualmente a instalação das linhas de transporte de energia que vão ligar Laúca à barragem de Capanda, cujas obras ficam concluídas no final deste mês e acrescentou que vão ser ainda construídas as linhas de transporte de energia de Laúca/Cambambe, Laúca/Cacuso/Calandula e Malanje.

A barragem de Laúca, que é considerada o maior projecto de engenharia civil e mecânica de Angola, está localizada a 47 quilómetros do Aproveitamento Hidroeléctrico de Capanda, situada em Malanje e a 400 quilómetros de Luanda.

Com um investimento de cinco mil milhões de dólares, envolvendo a construção, produção, fornecimento e colocação em serviço do sistema de transporte de energia, o empreendimento hidroeléctrico de Laúca é a terceira barragem em construção no leito do rio Cuanza, depois de Cambambe e Capanda e a segunda maior em construção no continente africano.

A barragem tem uma altura de mais de 100 metros, o equivalente a um edifício de 44 andares, e ocupa uma área de 24 mil hectares, albufeira incluída.

A entrada em funcionamento da central principal, a partir do primeiro semestre do próximo ano, vai beneficiar mais de cinco milhões de pessoas das regiões norte, centro e sul de Angola.
O projecto surgiu a partir de um estudo de inventário realizado na década de 1950, solicitado pela então empresa pública Sociedade Nacional de Estudo e Financiamento de Empreendimentos Ultramarinos (Sonefe) à empresa Hydrotechnic Corporation (USA), que foi retomado em 2008, com a realização dos estudos de viabilidade solicitados pelo governo angolano ao grupo brasileiro Odebrecht.

As obras para o desvio do rio compreenderam a escavação de dois túneis na margem direita do Cuanza, de 14 metros e meio de diâmetro, e duraram 20 meses e a segunda fase do projecto incluiu a construção da obra principal, a central principal e central ecológica e a terceira fase inclui a componente electromecânica e de linhas de transporte.


Fonte: Jornal de Angola